Água pode aparecer no tanque a
partir do recebimento de um novo estoque de óleo diesel, seja na forma
de água livre, dispersa, em emulsão e/ou solúvel. Quando o óleo diesel
se apresenta turvo é porque contém gotas de água muito pequenas. Elas
não sedimentam e dão aspecto turvo ao combustível. Até uma muito pequena
contaminação do óleo diesel com substância surfactante (sabões ou
detergentes) tem o poder de fazer com que gotas de água muito pequenas fiquem dispersas no óleo, causando turvação no combustível.
Água surge continuamente nos estoques de óleo diesel, noite e dia, a
partir da condensação da umidade do ar que entra no tanque pelo bocal de
“respiração”. Desde uma refinaria até o cliente consumidor, o óleo
diesel passa por 4 a 8 tanques e todos esses tanques têm a possibilidade
de conter alguma água. Considerando, no entanto, que a quantidade de
umidade contida no ar é pequena e que a água que ficará capturada no
tanque a partir da condensação será somente uma parcela da umidade do
ar, não seria razoável esperar uma grande quantidade de água depositada
no fundo do tanque resultante da umidade do ar.
Assim, outros
fatores envolvidos na condensação de água do ar são as diferenças de
temperatura e pressões parciais entre o meio ambiente externo ao tanque e
esses mesmos parâmetros no interior do tanque.
Estas diferenças
de temperatura e pressão ocorrem nos tanques dos veículos ou
equipamentos em consequência do seu uso: quando o motor está ligado e o
óleo diesel é injetado, uma parte dele é usada e uma pequena parcela
retorna ao tanque com temperatura elevada, se misturando ao diesel em
temperatura mais baixa do tanque. Este ciclo contribui para a variação
da temperatura e pressão do óleo diesel no tanque, levando a formação de
gotículas de água.
(Fonte: Petrobras)